Mais de 60% dos hotéis, das pousadas e dos meios de hospedagem em geral serão obrigados a demitir entre 20% a 80% do quadro de funcionários, de acordo com sondagem realizada neste mês de abril pela Abih-SP – Associação Brasileira da Indústria Hoteleira do Estado de São Paulo

Para a entidade, o cenário é devastador, tendo em vista que, do mês de julho do ano passado até fevereiro de 2021 a taxa média de funcionários por unidade habitacional de hotéis em operação já reduziu 41%.

Apesar de alardeados, os empréstimos públicos e privados deixaram de atender a 74% dos empreendimentos hoteleiros. A minoria (26%), que conseguiu acessar alguma linha de crédito, corresponde a programas de origem pública: Pronampe (8%), Desenvolve SP/Fungetur (5%), Caixa Econômica Federal/Fampe/Sebrae (1%), BNDES (1%) e Proger (1%). Outros 9% foram empréstimos obtidos junto a instituições privadas.

A situação da hotelaria no estado é também agravada pela falta dos benefícios tributários pleiteados junto poder público em âmbito nacional . Absoluta maioria (83%) dos empreendimentos, até agora, não obteve isenção dos tributos IPTU e ISS, nem acesso a opção de parcelamento para quitação dos impostos em atraso durante os meses da pandemia

82% dos hotéis, pousadas e meios de hospedagem declaram intenção de aplicar o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) em 2021. 41% vão optar pela suspensão de 100% dos contratos

72% dos empreendimentos tem fluxo de caixa para manter as portas abertas por um, dois ou no máximo três meses. Para minimizar estes efeitos, a entidade considera urgente que sejam atendidas as demandas reivindicadas:

1-Linhas de crédito para capital de giro, sem burocracias

2-Lançamento do programa do BEM para redução de jornada de trabalho (PL 14020 do Governo Federal)

3-Liberação do pronampe para financiar a folha de pagamento e também Governo Federal

4-Isenção do IPTU para os anos 2022/23

5-Refis dos impostos atrasados soa anos 2020/21