Natura &Co, quarto maior grupo global de beleza e maior Empresa B do mundo, formado por Avon, Natura, The Body Shop e Aesop, fez um balanço dos avanços e dos desafios enfrentados no primeiro ano de seu Compromisso com a Vida 2030, em evento on-line que reuniu especialistas mundiais e lideranças do grupo.



O Compromisso com a Vida é um plano ambicioso de sustentabilidade, que reúne 31 metas com ações concretas para enfrentar alguns dos desafios globais mais urgentes: a crise climática e a proteção da Amazônia; a defesa dos direitos humanos, garantindo a equidade e inclusão em toda a sua rede; e abraçar a circularidade e a regeneração em seus negócios até 2030.

Roberto Marques foto divulgação



“Estamos compartilhando nosso progresso – e nossos desafios – em um espírito de transparência e colaboração. Em nosso modelo de negócio garantimos o equilíbrio entre lucro e propósito, por isso nossos relatórios contemplam sempre o desempenho ambiental e social, com a mesma transparência com que comunicamos os resultados financeiros”, afirma Roberto Marques, CEO e presidente executivo do Conselho de Administração de Natura &Co.



No evento aberto ao público, especialistas em biodiversidade, conservação da Amazônia, diversidade e economia circular discutiram como as empresas podem contribuir, por meio de sua atuação e de seu modelo de negócios, para a solução de problemas socioambientais. “Apenas 25% das empresas da Fortune 500 estão comprometidas em ser neutras em carbono até 2030, então está claro que o mundo ainda tem um longo caminho a percorrer. A crise climática é o desafio decisivo do momento, cabendo também ao setor privado intensificar e impulsionar as mudanças para que os objetivos do Acordo de Paris sejam alcançados. Da mesma forma, questões como equidade e justiça social continuarão a ser apenas uma aspiração enquanto as empresas não se empenharem em garantir a diversidade e a inclusão de forma estrutural, para toda sua rede de atuação. Nosso Compromisso com a Vida é um plano ambicioso, mas sabemos que, com colaboração, criatividade e cuidado, vamos alcançá-lo”, completa Marques.



Destaques do progresso no primeiro ano
• A contribuição para a conservação da floresta amazônica por Natura &Co aumentou de 1,8 milhão para 2 milhões de hectares;
• O pagamento por Repartição de Benefícios para comunidades na Amazônia alcançou R$ 8,7 milhões;
• O grupo alcançou 49% de mulheres em posições de liderança; na América Latina, a participação feminina em cargos de diretoria ou acima é de 51%;
• Identificamos uma inexplicável lacuna salarial de 0,9% e estamos implementando ações para eliminá-la até o fim de 2021;
• Foram investidos US$ 4,87 milhões em soluções regenerativas, das quais a linha Ekos Tukumã da Natura é um exemplo
• US$ 94 milhões foram investidos em causas sociais, incluindo doações para o combate à COVID-19, apoio a iniciativas de conscientização sobre o câncer de mama e apoio a vítimas de violência doméstica.



Em relação ao primeiro pilar do Compromisso, que contempla ações relacionadas ao enfrentamento da crise climática e proteção da Amazônia, Natura &Co assumiu o compromisso de ser carbono neutro em 2030, 20 anos antes da meta estabelecida pela ONU.



Em relação à proteção da Amazônia, além da ampliação do modelo de negócios que hoje permite a preservação de 2 milhões de hectares de floresta em pé, aliada à geração de renda para mais de 7 mil famílias da região, o grupo Natura &Co anuncia o lançamento de uma nova ferramenta de monitoramento da biodiversidade chamada PlenaMata, em parceria com MapBiomas e InfoAmazônia.



O novo portal, construído em colaboração com vários grupos, busca criar um banco de dados centralizado que contribuirá para iniciativas voltadas para conservação e regeneração do bioma amazônico. “Estamos lançando um instrumento para envolver setor privado, sociedade civil, comunidades locais e governos para articular o combate ao desmatamento e iniciativas bem-sucedidas de conservação e regeneração”, afirma Tasso Azevedo, fundador da MapBiomas, que participou do painel sobre Amazônia.


“A Amazônia é fundamental para o Brasil, para a América Latina e para todo o mundo. Portanto, cabe a todos nós enfrentar os desafios impostos pela região, que são enormes e complexos. Sabemos disso por experiência própria, com nossa experiência de mais de 20 anos no desenvolvimento de um modelo de negócio sustentável na região. No entanto, sozinhos não iremos encontrar caminhos para essa questão, que é sistêmica. Se queremos mesmo encontrar o caminho para manter a Amazônia viva, precisamos envolver muita gente, de todos os setores, em todo o mundo”, comenta Guilherme Leal, fundador da Natura e co-presidente do Conselho de Administração de Natura &Co e um dos idealizadores da Concertação pela Amazônia.

O segundo pilar do Compromisso, defender os direitos humanos, garantindo a equidade e a inclusão em toda a nossa rede, está fortemente vinculado à finalidade do grupo e ao modelo de negócio que privilegia as relações. Neste esforço, Natura &Co tem como meta garantir que sua força de trabalho reflita a composição demográfica das sociedades em que atua. Esta será a primeira vez que uma empresa multinacional de capital aberto se compromete a identificar a participação de grupos sub-representados em suas equipes de trabalho. Com presença em mais de 100 países, isso implica em desafios relevantes, dadas as diferentes legislações em relação ao tratamento de dados pessoais e proteção de dados em cada mercado de atuação

O terceiro pilar do Compromisso com a Vida refere-se à circularidade e regeneração e abrange todos os produtos das quatro empresas. Hoje, ainda existem algumas limitações para implementar cadeias produtivas com estas características. A embalagem dos produtos é chave: atualmente 81% dos materiais de embalagem vêm de materiais reaproveitados, recicláveis ou compostáveis, e o compromisso é chegar a 100% até 2030. Outra vertente deste pilar refere-se aumentar para 95% a biodegradabilidade dos ingredientes nas fórmulas até 2030. Para atingir este objetivo, o grupo conta com equipes de inovação de ponta, que agora trabalham de forma colaborativa, além de investimentos robustos em inovação e parcerias. O grupo planeja investir US$ 100 milhões em soluções regenerativas nos próximos 10 anos.