Cerca de 200 produtores de Cambuci e outras espécies nativas da Mata Atlântica estão conectados ao Instituto Auá, que há 13 anos trabalha para a recuperação da Mata Atlântica , via melhoria na produtividade do fruto Cambuci, cuja  safra prevista para este ano  de 2021,será recorde .

 São Produtores de várias cidades do Estado de São Paulo, que integram o Bioma Mata Atlântica, como: Iporanga, Apiaí; São Miguel Arcanjo e Piedade; Juquitiba e São Lourenço da Serra; Embu-Guaçu; Parelheiros (SP); Salesópolis, Paraibuna; Natividade da Serra; São Luiz do Paraitinga e Lagoinha e Pindamonhagaba.Juntos, eles  têm capacidade produtiva de aproximadamente 200 toneladas de Cambuci, além de outros frutos. A venda de 100 toneladas de Cambuci, representa a distribuição de no mínimo R$ 500.000,00 entre produtores e beneficiadores do fruto.  

 Para celebrar a safra, o Instituto Auá vai promover o Festival Gastronômico do Cambuci, de 4 a 11 de abril, em restaurantes de diversos segmentos e estabelecimentos de varejo gastronômico, na capital paulista, região metropolitana e nas várias cidades do estado que produzem o fruto Cambuci, com o objetivo de gerar cultura de consumo, fazer a conexão dos agricultores e produtores artesanais com os restaurantes e consumidores.

O festival tem como objetivo informar a população em geral sobre o Ecomercado da Mata Atlântica, incentivar o consumo consciente, promover o engajamento dos atuais e de novos integrantes da Rede de Ecomercado da Mata Atlântica, ampliar a comercialização de produtos de Cambuci e de outras frutas nativas da Mata Atlântica, e ampliar o leque para que os profissionais da gastronomia criem receitas com o Cambuci, da cachaça com Cambuci, ao sorvete, vinagrete, entre outras preparações doces e salgadas.

Além do festival Gastronômico do Cambuci, o Instituto Auá realizará uma série de lives com produtores, empresários do setor e influenciadores.

Dia 20 de março, quarta-feira das 16h às 18h – live sobre a Rede de Ecomercado da Mata Atlântica com representantes dos nove grupos envolvidos no Projeto junto à Fundação Banco do Brasil (Ecoforte).

Dia 27 de março, sábado, das 15h às 17hlive sobre o Arranjo Produtivo Sustentável do Cambuci com seis produtores, quatro indústrias, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico – Programa de Arranjos Produtivos Locais, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e WWF Brasil.

Dia 3 de abril, sábado, das 16h às 18h nesta live participarão 12 produtores artesanais de diferentes municípios que integram a Rota do Cambuci e Comunidade Slow Food.

Nesta edição do evento, em função da pandemia, restaurantes participantes poderão comercializar seus pratos feitos com o fruto tanto no formato presencial como no delivery, modalidade que ganha cada vez mais importância no atual cenário.

Já os consumidores têm no festival um momento de vivência gastronômica singular, com a oportunidade de experimentar receitas exclusivas e inéditas de um alimento inusitado e surpreendente, de aroma perfumado, rico em vitaminas A e C, como é o Cambuci.

Quem pode participar do Festival? Estabelecimentos gastronômicos, de varejo e hotelaria que forneçam produtos com o Cambuci.

Os participantes deverão obedecer ao tema do evento Festival Gastronômico do Cambuci, e podem participar em três categorias:

Salgados

Doces

Bebidas

Obs.: entende-se por Restaurantes: Restaurante de Comida Caseira, Restaurante de Comida Internacional, Churrascarias, À La Carte, Restaurantes de Hotéis, Bistrôs e Similares.

Os estabelecimentos poderão se inscrever em até duas das categorias , e as inscrições acontecerão de forma eletrônica por meio de envio de ficha de inscrição para o e-mail comercial@aua.org.br  ou vendas@aua.org,br

O período vai de 1 a 26 de março de 2021. A inscrição será consolidada mediante compra mínima de R$ 50,00 em produtos (fruto congelado, polpa 1kg ou 100g, picolés, ou sorvete em massa).

A produção de Cambuci no bioma Mata Atlântica vem crescendo significativamente nos últimos anos principalmente em função da capacitação dos agricultores e assistência técnica. A safra de 2021 representa um crescimento de 20%, em relação a 2020.

O fruto congelado é vendido pelos produtores para os beneficiadores de R$ 2,00 a R$ 3,00/kg. Os beneficiadores recebem no mínimo R$ 5,00/kg no Cambuci Tipo B, pacote com 4kg (com algum dano físico, porém em perfeita condição e qualidade para consumo) e R$ 6,00/kg no Tipo A, podendo receber até R$ 18,00/kg, dependendo para quem vendem.

Gabriel Menezes foto divulgação

Segundo Gabriel Menezes, Presidente do Instituto Auá e Coordenador da Rota do Cambuci,  “Diferentemente do trabalho feito na Amazônia e Cerrado, basicamente extrativista, o nosso trabalho é agrícola, tem o objetivo de trazer a Mata Atlântica de volta de onde foi tirada, com a implantação de Sistemas Agroflorestais com nativas (Pomares Mata Atlântica) em áreas de pasto, ou monocultura de exóticas, como eucalipto, cana de açúcar, laranja, entre outras culturas. Para se integrar no Arranjo Produtivo, ou na Rede de Ecomercado, o produtor precisa assumir compromisso com a produção agroecológica (sem uso de agrotóxicos, biodiversa e de pés plantados). Alguns já têm certificação de orgânico, mas a maioria está aguardando a demanda se concretizar melhor, para então poder pagar um certificador”, destaca