A Ford, em parceria com o Instituto Meyer-Hentschel, da Alemanha, realizou um programa de educação inédito que simula, em situação próxima ao real, os efeitos do uso de drogas ilícitas no corpo de uma pessoa ao dirigir um veículo. Para essa experiência, foi criado um traje especial, chamado pelos cientistas de “roupa de motorista drogado”, que reproduz os danos físicos, como o tempo de reação mais lento, a visão distorcida, tremor nas mãos e baixa coordenação motora produzidos por drogas como maconha, cocaína, heroína, Ecstasy e LSD.

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vídeo e a ilustração anexa mostram a importância e complexidade deste teste. Anteriormente, a Ford já havia concebido a “roupa de motorista embriagado”.  Agora, o novo traje usa recursos como cotoveleiras, munhequeiras, joelheiras, pesos nos pés, óculos e headphones para reduzir os movimentos, o tempo de reação e o equilíbrio

Segundo a Administração de Segurança no Trânsito dos Estados Unidos (NHTSA), cerca de 18% das mortes de motoristas em acidentes envolvem drogas além do álcool, como maconha e cocaína. Outro estudo, do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, mostra que o risco de se envolver em um acidente praticamente dobra depois do uso de maconha.

 

 

Para Jim Graham, gerente do programa de educação no trânsito da Ford,  “Dirigir após consumir drogas ilegais pode trazer consequências fatais para o motorista, passageiros e outras pessoas nas ruas. Por isso desenvolvemos essa ação de educação global focada sobretudo nos motoristas mais jovens”, diz

“Sabemos que algumas drogas podem causar tremor nas mãos, por isso instalamos um dispositivo que produz esse efeito”, explica Meyer-Hentschel Gundolf, presidente do Instituto Meyer-Hentschel. “Os usuários de drogas às vezes veem luzes piscando no seu campo periférico, que os óculos reproduzem, e os fones de ouvido geram sons imaginários. Os óculos também geram sensações visuais coloridas, um efeito colateral do uso de LSD”.