A perspectiva do setor vitivinícola, segundo a Ibravin,  é que o total
de vendas de espumantes no último quadrimestre deste ano seja 10% maior do que
o registrado no mesmo período de 2013. Se o volume projetado for atingido,
devem ser comercializados mais de 11 milhões litros da bebida ícone das festas
de final de ano.  Nos últimos quatro meses do ano passado, foram vendidos
10,2 milhões de litros do produto, o que significou um crescimento de 7,88% em
relação a 2012. Já as vendas do suco de uva 100% devem seguir o ritmo de crescimento
dos últimos anos e registrar cerca de 20% de aumento em relação ao mesmo
período do último ano, quando foram vendidos 28,8 milhões de litros.

O tradicional crescimento de vendas de espumante
neste ano é impulsionado pelas premiações em concursos importantes e por
avaliações de críticos de renome internacional. Destaque para a análise do
inglês Steven Spurrier, idealizador do lendário Julgamento de Paris, que
posicionou os rótulos  
 
Dirceu Scottá, vice – presidente do Conselho
Deliberativo  Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), ,
destaca o aperfeiçoamento na produção da bebida no país. “Ao provar os
espumantes brasileiros, das mais diversas vinícolas, é possível perceber o alto
nível e padrão na qualidade”

O gerente de Promoção do Ibravin, Diego
Bertolini, observa que o espumante é uma opção de presente no meio corporativo,
já que, principalmente na região Sul, é item fixo nas cestas de fim de ano.
“Esse aquecimento nas vendas, principalmente de espumantes e sucos de uva,
ajuda a popularizar os produtos e incentivar para que o consumo se estenda para
outros períodos do ano”, avalia. Bertolini lembra que em outras regiões é
comum a inclusão de vinho nas cestas de final de ano que são distribuídas para
os funcionários.

 O  suco de uva 100% também
tem conquistado o mercado interno e cativado os brasileiros de diversas regiões
do país. No ritmo de vendas que dá saltos há cerca de cinco anos, o produto
também deve ser um dos destaques de comercialização neste último quadrimestre.
              

Segundo Scottá, o produto tem alto grau
competitivo em função das características particulares da região, onde se
concentra 98% da produção de suco, feita a partir de uvas americanas como a
Isabel, Bordô e Concord. “Os turistas estrangeiros ficam impressionados
com a qualidade e o sabor particular de nossos sucos”, observa.
  

Sobre o desempenho geral do setor, Scottá afirma
que o crescimento deve ficar em torno de 5%. 
 Segundo o enólogo, a venda de
vinhos finos, por exemplo, deverá ter performance semelhante à registrada em
2013, quando foram comercializados 6,7 milhões de litros no período de setembro
a dezembro.