A historiadora Rosa Belluzzo, que em 2015, recebeu o prêmio da Academia de Literatura gastronômica pelo livro Arte da Cozinha Brasileira , acaba de lançar  pela  Editora Unesp, na Livraria da Vila , o  livro  Mil e Uma Noites , que  é complementado por receitas clássicas da culinária árabe.  

Rosa Beluzzo foto divulgação

 Rosa  nos leva ao potentado do califa Haroun al-Rashid (763-809), um personagem recorrente dos contos narrados por Sherazade. Foi durante seu califado, em Bagdá, então capital do Império Abássida e cidade com localização privilegiada, entre os rios Tigre e o Eufrates, que a elite árabe deu início ao verdadeiro culto à boa culinária. Trazendo-nos receitas variadas, doces e salgadas. Um mergulho nas especiarias, aromas e cores da culinária das Arábias. 

 Confira os outros livros publicados 

Machado de Assis-relíquias Culinárias- 1º lugar de livro Prêmio Jabuti 2011, que trata das referências culinárias que Machado de Assis utilizou em suas obras. Rosa  retrata os hábitos alimentares da família real, influência europeia e curiosidades como a inserção do sorvete, das confeitarias e rotisseries no país. O livro traz também iguarias apreciadas por nosso célebre escritor e receitas atualizadas dos quitutes preparados na época  

São Paulo- Memória e Sabor-  (Prêmio da Académie Internationale de la Gastronomie em 2009)Tema de simbolismo tão marcante na identidade de São Paulo, a alimentação é apresentada neste livro como um acompanhamento das informações sobre a história da ocupação e da formação dasociedade paulistana. Na pesquisa e na documentação que o compõem, Rosa demonstra como as fusões, associações e confluências de temperos, alimentos, modos de preparo, apresentação e utensílios associados definiram pratos que, em mais de quatrocentos anos, estão fortemente identificados com a cidade e a região

Nem Garfo nem Faca- A obra  trata da formação da identidade do povo brasileiro sob o ângulo da culinária do país. Inspirado nos relatos de cronistas, jesuítas e viajantes durante os séculos XVI e XIX, especificamente nos trechos que fazem referência aos hábitos alimentares e à culinária local, apresenta a visão idílica dos europeus quando aqui aportaram e durante os séculos como colônia de Portugal. As diferenças culturais entre o Velho e o Novo Mundo, a aceitação ou o repúdio dos costumes alheios e os erros de interpretação dos cronistas são objetos de estudo da autora.  

Os Sabores da América: Cuba, Jamaica, Martinica , Mexico – A primeira América,  que foi cenário das viagens descobridoras de Colombo (Cuba, Jamaica, Martinica) e da conquista de Cortés (México), desfila neste livro com um pouco da sua movimentada história e uma boa porção de seus inebriantes sabores, presentes numa cozinha na qual os produtos autóctones (mandioca, batata-doce, abóbora e milho) combinam-se com ensopados e ingredientes vindos da Espanha ou de outras regiões.

 Arte na Cozinha Brasileira  em parceria com Leonardo Arroyo ( 2013- prêmios da Academia Internacional de Gastronomia e da Academia Brasileira de Gastronomia). O livro  reúne cerca de dois mil verbetes com definições diretas, sucintas, relatando uma ou outra curiosidade, sem fatigar o leitor com referências numerosas. Com humor e erudição, ambos fornecem um panorama das matrizes culturais do nosso vocabulário à mesa.