“Você + longe na Melhor Idade”, com este slogan a VP Centro de Nutrição Funcional, referência nacional e internacional no ensino e pesquisa da Nutrição Funcional, chega à XV edição do Congresso Internacional de Nutrição Funcional. O mundo e o Brasil estão envelhecendo de fato. Quais são os caminhos a serem percorridos? Que estratégias a sociedade, famílias, governos, nutricionistas, profissionais da saúde, da gastronomia, da produção rural e da indústria de alimentos precisam conhecer para ultrapassar os desafios que a longevidade impõe? O que a ciência da nutrição traz de novidade para contribuir para o envelhecimento saudável e o bem-estar dos próximos octogenários e, por que não, centenários?  Estas questões permearão os debates durante o Congresso, que trará Nutrição Clínica, Nutrição Esportiva, Gastronomia Funcional, Espaço da Sociobiodiversidade e Feira de Expositores com marcas como Carrefour, Mãe Terra, Copra, Vitafor, Korin entre outras. O evento acontece de 12 a 14 de setembro no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo

De acordo com dados do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, o Brasil já conta com 54 milhões de pessoas com 50 anos ou mais. A estimativa é que cheguemos em 2045 com 93 milhões de brasileiros longevos, acima dos 50 anos. Hoje a expectativa de vida no Brasil já é de 77 anos, contra 47 em 1957.

Dra Valéria Paschoal foto divulgação

 

A palestra de abertura para tratar do tema Longevidade, ficou por conta de Carlos Júlio, Colunista da Rádio CBN, que abriu o Congresso , ontem, dia 12 de setembro com o tema: “Envelhecimento populacional: desafios e oportunidades diante de um novo panorama da pirâmide populacional brasileira”.

Para a Nutricionista Dra. Valéria Paschoal, CEO da VP- Centro de Nutrição Funcional e Presidente do Congresso, o nutricionista, neste novo contexto da longevidade, deve voltar o olhar para o grande mercado de atuação na atualidade e que será expandido com a maior longevidade, com pessoas chegando aos 70, 80 anos ou mais e felizes, com qualidade de vida e ativas. Isso pode aumentar demais o mercado de trabalho dos nutricionistas, que podem incentivar os longevos para atividades envolvendo viagens, passando as interatividades da nutrição, incentivá-los a voltar a cozinhar, com alimentos promotores de saúde e de bem-estar, retomar o contato com a terra e plantar. Eles podem ser atores de motivação a outras pessoas, nas suas mídias sociais, motivar   a ter uma vida muita mais interativa, saudável, participativa, formando grupos de convivência. Se o nutricionista não incorporar essas estratégias fundamentais na sua atuação profissional abrirá lacunas para que outros profissionais, não nutricionistas, atuem por eles. Esse novo olhar do profissional da nutrição deve ser no sentido de atuar como empreendedor, melhorar sua performance na gestão profissional e na vida e contribuir para que esses pacientes longevos tenham saúde e vivam felizes com mais longevidade”.

 

Valéria destaca ainda a importância da longevidade do solo. “Não basta ter vida longa, sem pensar na saúde do planeta. Que tipo de alimento queremos por para dentro do nosso organismo? Se queremos vida longa com energia vital, o solo também deve ser longevo e ter energia vital, com sua microbiota preservada, mantendo suas boas bactérias. Os agrotóxicos destroem a microbiota do solo e isso interfere na microbiota intestinal humana. Além disso, os estudos científicos mostram os efeitos nefastos dos agrotóxicos na saúde humana, como o aumento na incidência de diversos tipos de câncer, de doenças crônicas degenerativas (como Alzheimer e Parkinson) e redução da fertilidade. Os primeiros a sofrerem as consequências do uso indiscriminado de agrotóxicos são os trabalhadores rurais, que manipulam e aplicam essas substâncias. Outra consequência destas substâncias são a mortandade das abelhas, que deixam de polinizar as plantas, e isso pode levar a escassez de alimentos. Então é fundamental que  a abordagem da longevidade faça a roda de 180º na sustentabilidade, com minimalismo no consumo, do preço ao apreço, da reflexão sobre o alimento que estamos consumindo, de conhecer a origem desse alimento (quem o produz, o pequeno produtor, o agricultor familiar responsável por 70% dos alimentos que o brasileiro consome), conhecer e valorizar a agroecologia, a agricultura natural, o alimento orgânico com energia vital e muitos fitoquímicos, fundamentais para a longevidade. Além de nutrir as células, esses alimentos com energia vital, são alimentos do sentimento, nutrem nossa alma e nosso espírito”.

Participam do Congresso de Nutrição Clínica Funcional os pesquisadores: Dra. Valéria Paschoal, Carlos Alberto Júlio Colunista da CBN, Dra. Paula Gandin, Dra. Ana Cláudia Poleto, Dra. Neiva Souza, Dra. Fernanda Serpa, Dra. Michele Teixeira, Dra. Nathércia Percegoni, Dra. Daniel Barreto, Dra. Juliana Geraix, Dra. Cristiano Cravo, Dra. Bettina Moritz, Da. Luana Manosso, Dr. Henrique Freire, Agrônomo Sérgio Kenji Homa, Geraldo Deffune, Dra. Thaís Garcia, Dra. Natália Marques, Dra. Sheila Mustafá, Dra. Camila Mercali, Dr. Fabrício Assini, Dra. Sharon Feder, Dra. Ana Vládia Bandeira, Dra. Gilbert Hübscher, Dra. Paloma Tusset, Dra. Adriano Cavalcanti, Dra. Sandra Mahecha Matsuda (Chile), Dra. Rosangela Passos, Dra. Ana Beatriz Baptistella, Dra. Elizabeth Ayoub, Dra. Denise Carreiro, Dra. Gabriel de Carvalho.