Falar sobre o desafio de conciliar a vida profissional com a maternidade pode soar como algo repetitivo, mas é um fato inexorável.  Algumas profissões permitem o trabalho em meio período ou maior flexibilidade de horário. Uma alternativa é o trabalho remoto, mais conhecido como home office. Algumas empresas oferecem essa possibilidade para suas funcionárias, como a Ford, que permite a empregados trabalhar em home office uma ou duas vezes por semana.

Como resultado, o que se tem visto é ganho de qualidade de vida e mais produtividade dos empregados, bem como aumento da motivação e engajamento. E essa possibilidade tem sido muito positiva principalmente para as mães, que aproveitam a oportunidade de trabalhar de casa para ficarem mais próximas de seus filhos.

Adriana Ribeiro, que trabalha na área de Recursos Humanos da unidade de Camaçari (BA), tem uma filha de 2 anos e começou a fazer home office duas semanas depois de voltar de licença-maternidade. Por um ano, ela trabalhava de casa duas vezes por semana, o que a ajudou muito na adaptação à nova rotina neste período em que sua filha era bebê. “Nos dias de home office, além de amamentar minha filha com mais tranquilidade, eu conseguia tirar leite para os outros dias da semana”, conta. Agora, Adriana faz home office toda terça-feira, quando pode dar mais atenção à filha, e conta com a ajuda da babá,  quando está trabalhando.

Daniela Canale, que atua na área de Marketing da Ford em São Bernardo, faz home office há oito meses. Mãe de Luca, 13 anos, e Rafaella, 7, ela optou por trabalhar de casa às sextas-feiras, pois é o único dia da semana em que seus dois filhos saem da escola na hora do almoço e ela consegue buscá-los e almoçar com eles. “Noto que conecto mais cedo, não precisando me deslocar para o trabalho, e não fico preocupada em desconectar correndo no final do expediente para buscar meus filhos na escola. No meio da tarde já consigo ficar atenta se estão fazendo lição de casa e nosso final de semana acaba ficando mais longo”, comemora. 

Vanessa Miyamoto com seu filho da Ford  de Camaçari

Vanessa Miyamoto com seu filho da Ford de Camaçari

Vanessa Miyamoto, da área de Recursos Humanos da fábrica de Camaçari (BA), tem um filho de 1 ano e começou a fazer home office em janeiro deste ano. Nestes dias, ela ganha cerca de duas horas pelo fato de não ter de se deslocar. “Consigo aproveitar meu bebê um pouco, pois o levo mais tarde para a creche e vou buscá-lo mais cedo. Fico menos cansada e aproveito o horário de almoço para resolver assuntos pendentes.”Em casa, ela organiza as tarefas e dá prioridade para concentrar as reuniões globais ou com outras unidades. “Com a tecnologia, consigo desenvolver normalmente as atividades com a equipe, que também faz home office ou está em outra localidade.

 

Jaqueline Souza com seu filho Lucas da Ford  de São Bernardo

Jaqueline Souza com seu filho Lucas da Ford de São Bernardo

Jaqueline Souza, da área de Marketing em São Bernardo, começou a trabalhar na Ford em dezembro passado, mas em janeiro já iniciou o home office às segundas-feiras. Neste dia, ela consegue levar e buscar o filho de 5 anos na escola. “O fato de não perder tempo no trânsito, já que moro em São Paulo, me ajuda muito. Quando o pego na escola já estou livre para brincar com ele”, diz. . “Ganho no tempo, na qualidade de vida e, como estou em casa, otimizo meu tempo para terminar o trabalho e curtir minha família. Outro ponto positivo para mim é que segunda é meu rodízio, então teria de fazer um horário de trabalho alternativo para atender à restrição veicular, começando a trabalhar muito cedo ou terminando muito tarde. Também é muito bom comer a comida caseira que eu preparo para mim na minha própria casa”, alegra-se.