No dia 26 de abril,  será celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial e um dos temperos mais utilizados em todo o mundo,  é o sal, que  também é um dos principais agentes causadores de alguns problemas de saúde. Por isso, em todo o mundo sempre há campanhas de conscientização de consumi-lo com moderação. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é que a ingestão de sódio por dia não ultrapasse 2g (uma colher de café rasa). No Brasil, a média é mais do que o dobro: 4,7g/dia. “ O paladar do brasileiro já é tendencioso para comidas mais salgadas. Só que, com o tempo, os prejuízos do grande consumo de sódio são diagnosticados, como pressão alta e problemas renais, que afetam, principalmente, os idosos”, explica Milena Maffei Volpini, coordenadora de nutrição da Cora Residencial Senior.

 

O estudo “Heart Disease and Stroke Statistics” (Estatísticas sobre Doenças Cardíacas e Infartos), da American Heart Association, apontou que durante os anos de 2001 e 2011, a taxa de morte por hipertensão, aumentou 13,2% nos mais de 190 países pesquisados. O consumo excessivo de sal é prejudicial em qualquer idade, mas os riscos são maiores nas pessoas idosas, pois se trata da faixa etária em que há um número maior de doenças clínicas. Segundo a OMS, a hipertensão arterial atinge cerca de 30% da população adulta brasileira. Na terceira idade, este número passa para 50%.

 

De acordo com um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), pouco mais de 20% dos hipertensos controlam adequadamente a hipertensão arterial. E este controle, de acordo com Milena, não deve ser apenas com medicações, mas também a conscientização do uso adequado do sal e uma alimentação correta ajudam a amenizar os índices de pressão. “O aumento do consumo de sal na terceira idade é compreensível, já que, ao passar dos anos, perdemos a sensibilidade aos sabores. Para dar mais gosto a comida sem aumentar o sal, o ideal é preparar temperos naturais.”

 

Na Cora, além das famílias já terem indicações médicas sobre o consumo de sal, as nutricionistas sempre acompanham as refeições oferecidas e, por meio das avaliações nutricionais que são feitas, realizam orientações nutricionais individuais de acordo com a necessidade de cada residente. Outra estratégia da Cora é não disponibilizar saleiros nas mesas, assim, não incentiva os residentes a adicionarem mais sal nas preparações.

 

Existem alguns temperos que podem substituir o sal, como pimenta, orégano, noz moscada, louro, limão, gengibre, coentro, cebolinha, cominho, canela, alecrim e alho, mas é preciso ficar atento, já que alguns destes condimentos podem trazer outros problemas para saúde. “Se o idoso apresentar gastrite, por exemplo, pode haver uma irritação no trato gastrointestinal. E sempre há o risco de algum tipo de alergia. Por isso, é preciso sempre verificar qual tipo de tempero que pode ser utilizado em cada refeição”, alerta Milena.