A empresa farmacêutica  Novartis   está promovendo o destino sustentável e inteligente de blisters, dando um destino sustentável e inteligente das embalagens de plástico e alumínio, para a proteção de medicamentos – remanescentes do processo produtivo de sua fábrica em Cambé, no interior do Paraná. Segundo Bruno Petenuci, “Isso faz parte da nossa estratégia de eliminar o impacto do plástico em nossas operações”, explica o diretor geral da fábrica

Bruno Petenuci foto divulgação

 A planta fabril tem capacidade produtiva de cerca de 2,2 bilhões de comprimidos e mais de 100 milhões de cartuchos por ano. Em virtude das regras de excelência e qualidade instituídas globalmente pelo Grupo, o blister reutilizado não tem nenhum contato com o medicamento, podendo ser reaproveitado sem levar substâncias químicas para o processo de reciclagem ou ao meio ambiente.

“Em média, 200 quilogramas de blisters são descartados por dia, que agora seguem para reciclagem e produção de portas ou guarnições, por exemplo. A estimativa é que os materiais reciclados pela Novartis possam gerar cerca de 160 portas ao mês”, menciona Hellen Schmitt, engenheira ambiental da fábrica.

O processo de fabricação dos produtos acabados é realizado pela Unicomper, empresa especializada na transformação de material reciclado para o mercado. A empresa produz os perfis que são usados na fabricação de portas, rodapés, guarnições e batentes.

A transformação do resíduo é totalmente sustentável e não gera impacto ambiental. Isso porque o processo de extrusão do PVC trabalha em torno de 150°C e, nesta temperatura, não há degradação do material e liberação de gases poluentes – os quais seriam liberados apenas a partir de 250°C.

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O blister é uma embalagem primária que consiste em proteger o medicamento dentro das condições necessárias para o tempo de uso pretendido. A composição é de material plástico (PVC ou PVDC) moldado com cavidades para a inserção do medicamento em formato de comprimido e selado com material laminado (alumínio). O resíduo aproveitado é formado por plástico (PVDC ou PVC) e alumínio, sendo em média 85% de plástico e 15% de alumínio.

Em todo mundo, a empresa  está comprometida em eliminar o impacto ambiental do lixo e segue uma estratégia clara de gerenciamento de resíduos. O objetivo é prevenir, reduzir, reciclar ou usar resíduos como fonte de energia, antes de optar pelo o descarte dos materiais.

A Novartis atualmente  recicla aproximadamente 80% de todos os resíduos não químicos e continuam a maximizar as oportunidades de reutilização e reciclagem. Até 2025, pretendem eliminar o cloreto de polivinila (PVC) em embalagens secundárias e terciárias, e reduzir o descarte de resíduos pela metade em relação aos níveis de 2016. Até 2030, querem ser completamente neutros em termos de plástico, com todos os novos produtos atendendo aos princípios de design sustentável.