Desde o início do mês de julho profissionais especializados em restauro de obras tombadas pelo patrimônio histórico se dedicam a analisar e retirar peças do pórtico de entrada principal do Jockey Club de São Paulo. Como em um intrincado quebra-cabeças, as lâminas de vidro e esquadrias vão sendo desmontadas, restauradas sem alterar suas características originais, para muito em breve serem recolocadas em seu local de origem.

O mesmo processo deverá acontecer com as paredes: raspadas, lixadas e pintadas em suas cores originais, de acordo com técnicas especializadas no restauro de construções históricas.

O projeto de restauração do Jockey Club, que incluirá desde os pórticos de entrada até os salões de apostas, marquise e arquibancadas, será coordenado pela organização social Elysium Sociedade Cultural, vencedora do processo de concorrência com incentivos obtidos pela Lei Rouanet.

Benjamin Steinbruch foto divulgação

Segundo oempresário Benjamin Steinbruch, que além do Jockey Club lidera também um dos mais importantes grupos industriais do Brasil, “esse restauro prepara o Jockey Club para reviver seus dias de glória, mas desta vez como uma opção de lazer inclusivo, que manterá seu glamour, mas será acessível a todos os paulistanos e turistas que visitem a cidade”, garante Steinbruch. “Temos muitas áreas para passeio que não custam nada e são cenários lindíssimos.”

As obras de restauro serão realizadas em 6 fases distintas, começando pelo pórtico de entrada principal. “O mais curioso é que para muitas pessoas a própria obra de restauração já pode ser considerada uma atração”, afirma Wolney Unes, coordenador do processo na Elysium Sociedade Cultural e engenheiro responsável pela obra. “Engenheiros, arquitetos, designers, historiadores e estudantes, além de toda população, é claro, poderão ver como esse restauro se desenvolve em todas as suas etapas.”

A expectativa é de que essa primeira fase das obras seja finalizada até outubro de 2020, com um custo estimado de R$ 2 milhões.