A Galeria Nathalie Duchayne retoma suas atividades com a exposição itinerante “Far From Home”, que abre em Paraty (RJ), no próximo dia 23 de junho, e segue para Saint-Tropez (França), em setembro, e São Paulo, em novembro.

Muito conhecida na Europa, a francesa Nathalie Duchayne manteve sua galeria em Saint-Tropez, no sul da França, até 2008, quando se casou, em Praga (República Tcheca), com o norueguês Trygve Magnusson. Desde então, o casal vive entre França, África do Sul e Brasil, onde residem em uma propriedade à beira-mar acessível apenas a pé ou de barco.

Inspirada em sua própria história de vida, a galerista decidiu unir artistas brasileiros e estrangeiros que discutem o “estar longe de casa”, as migrações e misturas de povos através de suas obras, sejam elas fotografias, esculturas, pinturas ou instalações.

A mostra faz uma homenagem à vida no exílio e conta com a curadoria de Nathalie e de Eduardo Saretta, um dos fundadores do coletivo de arte SHN, em 1998, e diretor da Galeria Choque Cultural, até 2014.  A exposição acontece na Igreja Nossa Senhora das Dores, capela histórica construída no início do século XIX por mulheres da aristocracia local na Rua Fresca, em frente à Baía de Paraty.

Entre os artistas participantes, nomes como o de Angelica Dass, brasileira que mora em Madri e promove a defesa dos direitos humanos por meio de sua obra, Daniel Melim, um dos principais muralistas brasileiros, Dona Magdalena e Seu Valentim, casal que mora em um quilombo de Paraty e transformou artesanato em arte, Hugo França, conhecido por suas esculturas mobiliárias, o coletivo SHN e o artista urbano Zeh Palito, que viajou o mundo em projetos voluntários.