Em um momento onde as tensões entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping parecem não ter previsão de trégua, o cenário econômico mundial se encontra em grande expectativa para os novos desdobramentos e como cada ato pode afetar o mercado. Mesmo em um período de disputa com outra grande potência mundial, a China mostrou, no entanto, que não se enfraquecerá. Dados divulgados nesta semana mostram que a economia chinesa permaneceu estável, a 6,8%, no primeiro trimestre de 2018, resistindo melhor que o previsto à estagnação da produção industrial e auxiliando na manutenção da recuperação global sincronizada.

 

Se por um lado, a estabilidade mundial está  ameaçada, por outro, as tensões comerciais entre os gigantes podem ter um lado positivo. De acordo com Ian Lin, CEO da Serpa China, braço do mineiro Grupo Serpa no país asiático, o momento pode ser excelente para as economias emergentes, como a brasileira. “Com a restrição dos americanos à importação do aço e do alumínio, a expectativa é que novos estoques sejam formados no país asiático. Essa conjuntura abre uma nova perspectiva para o Brasil, que poderá importar tais matérias-primas de forma mais competitiva e a um custo mais baixo”, alerta o especialista.

 

Porém, os custos com a tributação e taxas de operação no Brasil ainda tornam as transações pouco atraentes, dado o alto preço de execução. Foi pensando nesse segmento que a Serpa China criou a “Distribuição 4.0”, um serviço que possibilita maximizar os lucros com importações, eliminando etapas durante esse processo.

 

Lin explica que o método pode ser uma saída eficaz para o empresário que deseja aumentar suas operações e também os ganhos com seu negócio. “O distribuidor brasileiro passa a estar na China ao invés de estar no Brasil, então ele enviará diretamente de lá para o seu cliente no Brasil ou em qualquer outro país. Com isso, o cliente dele vai importar diretamente da empresa dele de distribuição, só que da China”, afirma.

 

O empresário procura a Serpa China, que tem sedes em Xangai e Ningbo, para a escolha do fornecedor chinês. Paga 30% como sinal para que seja iniciada a produção que, uma vez pronta, vai direto para o cliente final. Em um processo comum de importação, a mercadoria deveria chegar até o Brasil e ficar depositada até ser remetida ao destinatário final. Na “Distribuição 4.0”, os custos de frete e armazenamento não existem, pois a mercadoria não faz essa parada. Além disso, no caso dos clientes localizados fora do Brasil, ainda são economizados com impostos e taxas, que costumam ser mais elevados no país.

 

O benefício de importar assim são duas economias que o cliente terá: do imposto de revenda e o transporte interno do Brasil. Com isso são economizados pelo menos 25%. “Dessa forma, é possível transformar o que foi poupado em lucratividade ou ainda investir o montante para tornar seu produto mais competitivo”, sugere Lin, que é especialista em relações comerciais Brasil / China.

 

A empresa, que oferece consultoria no momento de localizar os fornecedores chineses, disponibiliza para quem procura pela modalidade de importação o FEP – Financiamento Econômico Personalizado, de forma que não é necessário desembolsar 100% do valor da mercadoria antes do embarque. “Ele vai pagar um sinal para o fornecedor na China e o restante será parcelado de acordo com cada caso em prazos que variam de 30 a 90 dias”, explica Lin, que também ressalta que a Distribuição 4.0 é indicada para as compras a partir de US$ 2 mil, quando os benefícios começam a ser percebidos.