Com curadoria de Ailton Krenak, Cristine Takuá, Carlos Papá, Naine Terena e Sandra Benites, referências na produção cultural indígena, mostra destaca as manifestações dessas populações e o impacto de suas origens nas artes visuais, fotografia, cinema, musica e pensamento.

Impulsionando o pulsar do coletivo, costurado a partir do encontro de artistas visuais, fotógrafos, cineastas, músicos, pensadores e oficineiros, a mostra propõe um importante e significativo recorte da arte indígena produzida hoje em todo o território nacional. O festival rec.tyty, idealizado pelo Instituto Maracá, com direção artística assinada por Anna Dantes, idealizadora da Dantes Editora e do Selvagem Ciclo de Estudos sobre a Vida, propõe uma mostra multilinguagens que abre espaço para que indígenas possam narrar e representar a própria história, mantendo vivas as heranças e tradições culturais.

Além das obras visuais, sonoras, cinematográficas e fotográficas, os visitantes terão a oportunidade de se aprofundar um pouco mais na cultura indígena, em suas tradições e contemporaneidades, por meio de um ciclo de conversas, como também conhecer a primeira etapa do projeto Nhe’ẽry, que por meio de oficinas artísticas, vem promovendo a recriação de mapas da cidade e do litoral de São Paulo, a partir da perspectiva e da língua do povo Mbya-Guarani.

O público terá ainda a chance de participar de encontros virtuais com convidados de quatro povos diferentes, que incluem conversas e demonstrações de cantos, danças, pinturas corporais, rituais e trajes que compõem sua identidade e expressão.

Segundo os organizadores, a realização de um festival virtual representa a oportunidade de seguir com o fortalecimento da arte e da cultura indígena, nos circuitos artísticos e de produção de conhecimento, como medida de enfrentamento prático ao isolamento físico que tanto afeta nossas dinâmicas afetivas e sociais.

O nome do festival, rec•tyty, foi criado pelo cineasta indígena Carlos Papá Guarani, através da junção da sigla ‘rec’ – que pode tanto ser o ‘record’ das máquinas de imagens, como também ‘recordar’, no sentido da memória -, e a palavra guarani ‘tyty’, que aos nossos ouvidos soa como tâ-tâ, que carrega uma rede de significados, tanto na “poesia concreta” que dá nome ao batimento cardíaco, quanto numa  “metáfora” para a emoção, o calor humano, a pulsação dos afetos, a vida em seu movimento.

* A Galeria virtual permanece aberta até o dia 30 de Maio.

Plataformas de Veiculação: 

·         Site do Festival (galeria virtual) 

·         Canal de Youtube do projeto Selvagem

·         Instagram/Facebook do Instituto Maracá

·         Salas de videoconferência do Zoom