A Bayer e  a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, realizaram uma pesquisa inédita sobre o significado de envelhecer para os brasileiros para entender se eles estão se preparando para chegar à maturidade plena e como encaram essa fase da vida. Os resultados foram divulgados ontem, no evento. “Longevidade – Como chegar a uma maturidade plena”,  no Villa Bisutti, em São Paulo.

 

O presidente do Grupo Bayer no Brasil , Theo van der Loo foto Tânia Müller

 Presentes o presidente do Grupo  Bayer no Brasil , Theo van der Loo, O diretor de Comunicação Bayer Brasil, Paulo Pereira, a  Medical Affairs Director da divisão Pharma da Bayer Brasil, Vivian Lee, a Dra Maisa Kairalla, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)- Seccional SP e coordenadora de Ambulatório de Transição de Cuidados da Disciplina de geriatria e Gerontologia da Unifesp, do  gerontólogo Dr. Alexandre Kalache,,presidente do Centro Internacional de Longevidade Brasil, no Rio de Janeiro, das  jornalistas Marilia Gabriela e  Márcia Neder , autora do livro “A Revolução das 7 Mulheres”

 

Marilia Grabriela e Dr, Alexandre Kalache foto Tânia Müller

De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), envelhecer é um triunfo do desenvolvimento. Hoje, a população acima dos 65 anos no Brasil representa 8% do total de 206 milhões de habitantes e a expectativa de vida para os nascidos entre 2015-2020 é que eles cheguem aos 72 anos, no caso dos homens, e 79 anos, no caso das mulheres.

 A pesquisa foi realizada em 10 cidades brasileiras (São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília, Salvador, Recife, Goiânia e Belém)

 

Dra Maisa Kairalla, presidente da SBGG- Seccional SP foto Tânia Müller

 

No mundo, as pessoas com 60 anos ou mais já representam 12,3% da população, e até 2050 esse número tende a aumentar para quase 22%. Mesmo assim, o envelhecimento é acompanhado, biologicamente falando, do aumento de riscos para o desenvolvimento de doenças, além de representar um desafio social e econômico.  

“ Ainda é comum os olhos da sociedade se voltarem para a velhice com preconceitos e rótulos que não representam mais esta parcela de nossa população. Mesmo que ao envelhecimento faça parte de um processo natural  do ser humano, que tem início desde o nascimento, elel ainda é acompanhado por estigmas que precisam ser quebrados”, afirmou Marisa Kairalla ;

 ,Segundo o estudo, o envelhecimento está na pauta do público acima dos 55 anos- 63% deles pensa a respeito. E, quando questionados como se sentem em relação ao passar dos anos, 32% afirmam estar bem com a situação. A velhice assusta apenas 14% dos entrevistados. Outro dado interessante   trata da percepção que este público tem de si mesmo, mais da metade (54%), não se sente velho. Quando o assunto é expectativa para o futuro, curtir a família e os netos (27%)  foi a resposta mais citada

 

 Economicamente ativos e socialmente engajados, esse público anseia por um envelhecimento mais saudável e melhor qualidade de vida. Para isso, visitam o médico (2,4%), se alimentam de maneira adequada (23%) e praticam exercícios regularmente (17%). As boas práticas naõ se limitam ao plano físico, a sáude mental também é observada: 76% dso entrevistados leem ou praticam alguma atividade que desafie o cérebro. 64% frequentam eventos sociais semanalmente . Apesar de 62% ter alguma doença crônica e 65% fazer usode medicamentos , 64% se consideram saudáveis. Algumas questões , no entanto, afligem os mais maduros. A solidão (29%) é a principal  delas, seguida da incapacidade de enxergar ou se locomover (21%) e do desenvolvimento de doenças graves (18%) “ Levando em consideração que a  que a população idosa brasileira triplicará em 2050, chegando a mais de 66 milhões de pessoas, segundo o IBGE, é fundamental ter atenção quando o assunto é o envelhecimento ativo e saudável. O idoso precisa ser autônomo , independente e praticar atividades que tragam propósito ao seu dia-a-dia” finalizou Maisa

Segundo Alexandre Kalache,  “A pessoa que ao longo de seu curso de vida toma medidas para prevenir doenças crônicas terá sem dúvida m melhor envelhecer. Terá acumulado o capital de sáude tão importante para aqualidade de vida na medida em que envelhecemos. Quanto mais cedo começar a tomá-las , melhor- mas nunca é tarde demais. No entanto, o processo de envelhecimento muitas vezes é acompanhado de enfermidades. Diferentemente do que acontecia há 20, 30 anos, métodos de diagnóstico precoce e tratamentos adequados fazem então toda a diferença. Um diagnóstico de diabetes não é mais sintoma de cegueira ou de insuficiência renal- desde que as intervenções   sejam disponibilizadas a este paciente a tempo, com a segurança que o conhecimento médico hoje permite” afirmou

 Em um passado não muito distante , chegar à terceira idade era motivo de preocupação para muitas pessoas, mas essa perspectiva tem mudado positivamente e, chegar à maturidade aos 50, 60, 70 e 80 anos ou amis, tem sido uma prova de que a terceira idade tornou-se o começo de um novo ciclo cheio de descobertas e aprendizado