A Orquestra Jazz Sinfônica será a principal atração da festa de reinauguração do Auditório Simón Bolívar, do Memorial da América Latina e Governo do Estado, na  sexta-feira, 15 de dezembro, às 19h30.O evento é só para convidados. O novo auditório multiuso mantém, fielmente, o projeto original de Niemeyer. São 1.788 lugares, divididos entre plateia A e B. A programação começa no foyer do auditório com apresentação de mariachis mexicanos, cuecas chilenas, dançarinos de tango da Argentina e da harpista paraguaia Lucero Ovelar.

 

Resgatar esse espaço, com mais de 6 mil m² de área total, no menor prazo de tempo possível exigiu muita dedicação e empenho de todos os servidores do Memorial. “O desafio diário – lembra Irineu Ferraz, atual presidente da Fundação  – era o de encontrar soluções para problemas ainda inusitados em se tratando de um patrimônio público que ao mesmo tempo é considerado uma obra de arte”.

Todo o projeto foi pautado tendo como prioridade os quesitos de segurança, acessibilidade, atendimento, ambiente, conforto e visibilidade. “Tudo, absolutamente tudo, foi feito pensando no bem-estar do expectador.

Tudo aqui – cortinas, poltronas, carpetes, revestimentos, inclusive a tapeçaria de Tomie Ohtake -, é feito com material de combate a incêndio. Instalamos modernos sistemas de hidrantes e ar-condicionado, com sprinklers e detectores de fumaça em todo o ambiente, mais saídas de emergência, piso tátil, rampas e elevadores para pessoas com deficiência. Também modernizamos os sistemas de iluminação, de som e de acústica que, agora, nada fica a dever para as melhores salas do mundo”.

A festa continua no sábado, 16, para o público em geral com apresentação de Vera Fischer do show “Jazz & Divas – Homenagem a Elza Soares”. No palco, com a Orquestra Jazz Sinfônica , desfilam Baby do Brasil, Paula Lima, Lineker, Rosana, Vania Bastos, Sandra de Sá, As Bahias e a Cozinha Mineira. Os ingressos estão a venda pelo site www.totalplayer.com.br e, a partir do dia 12, também na bilheteria do Memorial.

  A Tapeçaria de Tomie Ohtake,  totalmente reconstruída numa peça única de 840m², retoma seu lugar de honra na parede lateral entre as plateias A e B. A empresa paulistana Punto e Filo, da família Pisaneschi, doou a mão-de-obra de  seus funcionários. A matéria-prima foi cedida pela Invista, referência no mercado mundial de fios.  O processo de reconstrução, a partir do croqui original da artista, foi supervisionado pelo casal de artesãos Jorge e Vera Nomiya, do Instituto Tomie Ohtake. No foyer, outras duas obras danificadas no incêndio também estão em seus lugares: a “Pomba”, escultura de Alfredo Ceschiatti que fica no alto da rampa de entrada do auditório, e o mural “Agora”, de Victor Arruda. Ambas recuperadas pelo restaurador profissional Cézar Olanim, do Vale do Paraíba.